Poesia e singeleza em Marijôse Albuquerque

Por Márcio Cavalcanti

Com a simplicidade de uma menina, numa linguagem singela e com o afago de uma professora amiga, Marijôse Albuquerque Costa lança o seu livro “Tudo vira poesia”, com ilustrações de Pedro Lucena (publicação independente, 2011), numa linguagem cheia de saudades dos sabores, dos cheiros e das figuras que construíram suas memórias de infância.

O cenário escolhido pela autora para lançamento do título foi o estande da Secretaria de Estado da Cultura na V Bienal do Livro de Alagoas. Ali, criou-se um ambiente onde a fantasia embalou os corações de todos os presentes – familiares, amigos, ex-alunos de Marijôse, porém, todos leitores. Na ocasião, a escritora recitou seus poemas prediletos, e também convidou alguns dos presentes para participar das declamações.

 

Meio ambiente versus infância sadia

A obra da professora resgata valores e costumes de uma infância sadia, vivida em intensidade e inocência, valorizando bens imateriais. “O tema central do meu livro é a preservação do meio ambiente. É fundamental conscientizar as crianças da preservação da natureza, mas de uma maneira lúdica”, explica.

Contudo, a escritora diz que outros temas, inspirados nos regionalismos nordestinos, sempre influenciaram o seu trabalho. “Nele, resgato a minha infância, muito saborosa e ainda presente em mim. Falo de brincadeiras antigas, valores adquiridos nos meus primeiros anos, fazendo paralelo com a atualidade, para que todas essas coisas sejam conhecidas e não morram”, comenta.

 

Brincando com palavras

A autora, muito familiarizada com as palavras, conta que faz delas suas amigas. “Brinco com as palavras e os objetos à minha volta, de forma que tudo vira poesia. A emoção, o amor e a solidariedade humana estão sempre presentes na minha literatura como uma dádiva divina”, ressalta.

Marijôse Albuquerque fala das referências  em Literatura que lhe ajudaram a sentir gosto pelas Letras, e dentre elas cita Graciliano Ramos, Vinícius de Morais, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, todos importantes na construção desse seu trabalho que, segundo a autora, estava pronto desde 2006, apenas esperando a publicação.

“Eu conversava com as borboletas e passarinhos do meu jardim secreto e guardava todas as nossas conversas em segredo”, comemora a escritora, que conclui: “Escrevo palavras e solto-as ao vento, e deixo que ele faça o trabalho de semeá-las”.


5 comentários

  1. Amei o moento do lançamento e a companhia de todos os amigos! Até a próxima Bienal, se Deus quiser.

  2. De quem é são as ilustrações? do Pedro Lucena?

    grata.

    Gê Galvão

    1. Sim, são do Pedro.Ele é maravilhoso!
      Abraço.

  3. CAJUEIRO-AL.NESTE MÊS DE MARÇO E ABRIL DE 2012, ESTAMOS TRABALHANDO COM O PROJETO “VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA” O GÊNERO É POESIA E OS POEMAS CONTEMPLADOS PARA TRABALHAR NA SALA DE AULA SÃO DE MARIJÔSE NOSSA CONTERRANEA ,SEUS POEMAS, SÃO LINDOS ,MUITO BOM DE TRABLHAR, AS CRIANÇAS ADORAM E EU TAMBEM. SOU PROFESSORA DO 3º ANO .TRABALHO NA ESCOLA ALTINA RIBEIRO TOLEDO ,ATARDE,E É MUITO GOSTOSO,UMA DELÍCIA,INCENTIVAR AS CRIANÇAS A LER OS POEMA.BEIJOS .IZABEL FIRMINO

  4. Fico feliz.Deus é o grande inspirador das poesias que escreve.
    Um beijo para você e para as crianças.